Imagens que passais pela
retina
Dos meus
olhos, porque não vos fixais?
Que passais
como a água cristalina
Por uma
fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso
curso, silente de juncais,
E o vago
medo angustioso domina,
- Porque
ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
- O espelho
inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de
sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão
casual de meus dedos incertos,
- Estranha
sombra em movimentos vãos.
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