sexta-feira, 29 de novembro de 2013

4.

Nunca tive a arte de prevenir alguém contra mim – também isto agradeço eu ao meu pai incomparável – mesmo quando isso tivesse acabado por ser-me proveitoso. Nunca tive prevenções contra mim, mesmo quando tal possa parecer muito pouco cristão. Pode revolver-se a minha vida em todos os sentidos, que nunca nela se encontrará, senão muito raramente, e propriamente uma só vez, sinais de malevolência dos outros homens contra mim – encontram-se até, pelo contrário, sinais de boa vontade…
 As minhas experiências, e mesmo com aqueles que desiludem toda a gente, depõem em favor deles. Domestico todos os ursos e transmito sensatez aos próprios palhaços. Durante os sete anos que ensinei grego na classe superior do Instituto de Basileia, nunca precisei de aplicar um só castigo; os mais preguiçosos, comigo, eram diligentes. Estive sempre à altura das circunstâncias; é indubitável que não estou preparado para ser meu próprio mestre. Qualquer que seja o instrumento, embora se encontre tão desafinado como está o instrumento «homem», conseguirei sempre, excepto se estiver doente, tirar dele algum melodioso som. Algumas vezes me aconteceu ouvir dizer aos próprios instrumentos que nunca tinha chegado a produzir tais melodias. Quem o deu a entender da mais engraçada maneira foi esse Henrique de Stein, que veio uma vez estar três dias em Sils-Maria, depois de ter tido o cuidado de se anunciar, declarando a toda a gente que não vinha exclusivamente por causa de Engadine. Este homem apreciável, que com toda a impetuosidade de um Junker prussiano se aventurara nos pântanos wagnerianos (e também nos de During) foi, durante três dias, como que transformado por um furacão de liberdade, como alguém que se sente subitamente levantado à própria altura e a quem despontaram asas. Eu não me cansava de repetir que a causa disso eram os ares, que o mesmo se dava com toda a gente e que não estávamos em vão a 6000 pés acima de Bayreuth. Mas ele não queria crer no que lhe eu dizia…
Se, apesar disto, cometeu em relação a mim algumas grandes e pequenas infâmias, não há que buscar a razão disso na «vontade», e ainda menos na «má-vontade». Eu teria antes razões para me queixar da «boa vontade» que para comigo durante tantos anos mostrou.

A minha experiência dá-me o direito de desconfiar, de maneira geral, dos chamados instintos «desinteressados», desse «amor ao próximo» sempre disposto a socorrer e a dar conselhos. Tal amor aparece-me como debilidade, como caso particular da incapacidade de reagir contra os impulsos. A piedade só nos decadentes é virtude. Censuro nos misericordiosos irem facilmente contra o pudor e o sentimento das distâncias. A compaixão degenera, num abrir e fechar de olhos, em coisa da populaça e acaba por tomar grosseiro aspecto. As mãos piedosas podem ter acção destrutiva nos grandes destinos, atacar a solidão magoada, o privilégio que uma grande falta confere. Dominar a piedade constitui para mim nobre virtude: descrevi, sob o nome de Tentação de Zaratustra, aquele momento em que um grito de angústia chega aos ouvidos de Zaratustra e em que a compaixão o invade, último pecado capaz de o tornar infiel a si próprio. É aí que importa dominar-nos; é aí que importa conservar a grandeza da nossa missão, livre do contacto de todos aqueles impulsos vis e mesquinhos que actuam nas acções que se dizem desinteressadas. E eis a prova, talvez decisiva, que teve de fazer Zaratustra, a verdadeira demonstração da sua força.

Nietzsche, Ecce Homo, como se chega a ser o que se é

sábado, 23 de novembro de 2013

O Rei Édipo

  Édipo era um rei numa terra chamada Tebas, o povo estava com medo, existia um grade problema, O FLAGELO, o rei Édipo decidiu mandar duas pessoas consultar os oráculos, enquanto essas duas pessoas sairam o rei Édipo foi acalmar o povo dizendo que ele iria resolver o problema, passado um tempo as duas pessoas chegam, o rei Édipo perguntou-lhes o que tinham visto, eles responderam-lhe que se descubrissem quem tinha morto o antigo rei o flagelo desaparecia.
  O rei Édipo vai falar com o povo e conta o que se viu nos oráculos e diz que se alguem sabe quem foi que o acuse, diz também que se o acolhessem em suas casas, se o encubrissem, se falassem com ele iriam ser exilados ou mortos.
  Rei Édipo decide enviar o irmão buscar o sábio que havia na terra, eles demoram mas entretanto chegam, Édipo pergunta ao velho sábio(cego) quem tinha sido o assassino do rei. o velho diz-lhe para ele esqueçer o assunto que ele não queria saber, o Édipo começa a insulta-lo como cego velho barbudo etc. O velho chateia-se e diz que ele tinha matado o rei, que estava casado com a mãe e que tinha tido filhos com a mãe e que se tinha dúvidas para ir perguntar a um agricultor.
  De seguida Édipo reage mal dizendo que o irmão tinha pago ao velho para dizer o que tinha dito para exilar Édipo e ficar com o o trouno. Édipo manda o velho embora e o irmão vai também não querendo acreditar que o irmão tinha feito uma acusação daquelas...
  Édipo fala com a mulher e pergunta-lhe se era verdade, a mulher disse para esqueçer o assunto que não interessava para nada...
  Édipo manda ir buscar o agricultor, o agricultor disse-lhe que o rei lhe tinha dado um bebé para as mãos, e que o agricultor o tinha dado a um senhor que por sua vez o tinha levado para a terra onde Édipo tinha nascido...
  Édipo começa com as suas duvidas dizendo que tinha nascido numa terra e que quando era mais novo tinha ido consultar os oráculos e tinha visto o que o sábio disse, ele nesse mesmo dia fugiu para tebas onde foi proclamado rei... Mais tarde chega um conselheiro e diz que o rei da outra Terra morreu e disse a Édipo para vir governar, Édipo aproveita e pergunta o que se tinha passado com o pai e o conselheiro diz que ele na verdade o rei que acabara de morrer não era pai dele que um agricultor o tinha dado e o conselheiro o tinha levado ao rei e o rei acolheu-o.
  Édipo mandou chamar o agricultor de novo e o agricultor estava no grupo com o rei disse que tinham sido todos mortos por um jovem quando iam de viagem. Édipo relembra-se que ao fugir da outra cidade matou um grupo de pessoas e percebeu que tinhha sido ele, Édipo ficou aterrorizado e dirigiu-se ao povo dizendo que tinha sido ele que tinha morto o rei e que lhe iriam acontecer todas as coisas que ele tinha dito, quando vem falar com a mulher(mãe) ela tinha-se suicidado e Édipo decide arracar os olhos com uma colher, o irmão chega com os filhos de Édipo e Édipo pede para ser exilado que não merece estar ali mas primeiro quer falar com os filhos.
  Rei Édipo é exilado.

Autobiografia - Diogo Jesus

O meu nome é Diogo Jesus nasci a 28 de Setembro no hospital de S. Francisco Xavier, vivo em oeiras, vivo com o meu pai, mãe e irmã de 12 anos. Nem sempre morei nesta casa onde estou agora, antes vivia numa casa pequenina antes da minha irmã nascer, assim que ela nasceu mudei-me para a que estou agora. Sou sportinguista ferrenho, vibro muito com ele, é uma grande paixão minha que vai durar para sempre, incluindo ser enterrado com uma bandeira do Sporting. Em geral, gosto de todos dos desportos mas prefiro o ténis, tenciono ir para os EUA estudar e jogar ténis. Gosto de pessoas verdadeiras, não gosto de pessoas cínicas e que são diferentes quando estão com outras pessoas.

Autobiografia - Espinha

Nasci a 4 de Outubro de 1998 no Hospital de Cascais , tenho 1 irmão com 23 anos e 1 irmã com 9 , vivo com a minha mãe e a minha irmã em São Domingos de Rana apesar de passar grande tempo na casa dos meus avós em Oeiras (perto da escola) , o meu irmão vive perto de Obernai (França) e o meu pai trabalha em Luanda(Angola). Vivi em São Miguel das Encostas até aos 5 anos e depois mudei-me para onde vivo hoje , os meus avós paternos sempre foram das pessoas com quem passei mais tempo. Sou do Benfica, gosto em geral de todos os desportos principalmente de futebol e futsal , e pratico futsal desde os 5 anos, já joguei no Sassoeiros e agora jogo no Oeiras. Gostaria de ser jogador de futebol ou futsal e seguir o curso de desporto. Não gosto de pessoas cínicas , que se acham superiores aos outros , e gosto de pessoas humildes.

sábado, 16 de novembro de 2013



Apresentação oral: Amor de perdição


Simão Botelho era filho do corregedor Domingos Botelho, tinha um irmão mais velho, Manuel, com quem tivera alguns conflitos, e irmãs mais novas. Sua mãe chamava-se Rita. Simão era a ovelha negra da família. Ele andava sempre com pessoas que pertenciam às classes mais pobres e os seus pais não gostavam. Porém, passado um tempo Simão mudou totalmente. Não saía mais de casa, as suas más amizades tinham acabado, e os disparates também. A mudança de comportamento devia-se á sua paixão por Teresa Albuquerque, filha de Tadeu Albuquerque um dos rivais de Domingos. Simão e Teresa eram vizinhos em Viseu e também membros de famílias inimigas e por isso era um amor impossível. Pouco tempo depois começam sentir ódio por seus pais. Mas mesmo sabendo os problemas que podiam acontecer eles mantiveram o namoro silencioso através das janelas das casa e com encontros as escondidas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem tudo para combater a união amorosa. Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, ao descobrir o romance, trata de prometer a mão de sua filha a seu sobrinho Baltasar Coutinho. No entanto, Teresa  recusou-se por estar apaixonada por Simão.  Então o seu pai começa a ameaca-la Teresa, ou ela se casava com o seu primo ou não seria mais considerada sua filha e seria mandada para um convento. Na casa de Simão, o pai, muito irritado com aquela paixão resolve pôr fim ao romance entre seu filho e Teresa, enviando o jovem Simão a Coimbra para concluir seus estudos, pretendia com isso sufocar o amor dos jovens pela distância. Simão, enlouquecido pela saudade de sua amada, decide ir a Viseu encontrar-se com Teresa. É hospedado pelo ferreiro João da Cruz, um homem que devia favores a seu pai. Eles ainda mantinham comunicação através de uma velha mendiga que passava com frequência á janela do quarto de Teresa. Para castigar a filha, Tadeu de Albuquerque envia Teresa para um convento no Porto, tal como tinha ameaçado fazer. Antes, porém, a jovem é recolhida num convento na própria cidade de Viseu. Entretanto, Mariana, filha do ferreiro acaba por se apaixonar por Simão, amor esse que ela não mostra. Simão quando descobre que Teresa foi presa num convento, fica furioso e decide tentar rapta-la .O jovem defronta-se com Baltasar e sem se apercebere em frente de várias testemunhas o jovem  atinge Baltasar com um tiro mortal. Simão é preso e condenado à morte. Porém, devido à interferência do corregedor Domingos Botelho, pai de Simão, a pena é convertida e ele é condenado a ficar dez anos na Índia. Teresa começa a ficar doente, cada vez mais triste e muito magoada, e começa a perder a vontade de viver. Ao embarcar rumo à Índia, Simão vê, pela última vez no mirante do convento Teresa.  Logo após, Teresa morre. Simão, antes de seguir seu destino, toma conhecimento da morte de Teresa e alguns dias após o início da viagem, Simão adoeceu, tinha febres e delírios, Simão morre. Mariana, não resistindo à perda de Simão, no momento em que vão lançar o corpo ao mar, lança-se ao mar também.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Auto da Alma", de Gil Vicente

Esta foi uma peça feita para ser representada na corte, 5ª feira Santa do ano de 1518, patrocinada e dedicada a D. Leonor, irmã do rei D. Manuel.
Como tema principal, podemos referir a luta entre o bem e o mal tratada de forma alegórica em que, uma Alma é interpelada alternadamente por um Anjo e por um Diabo, durante o seu percurso terreno. A Alma representa a própria alma de um ser humano e as escolhas com que ela se confronta ao longo da sua vida. Para além destes três protagonistas, existem também outras personagens, a saber: a Santa Madre Igreja e os seus quatro doutores – S. Tomás, S. Jerónimo, Santo Ambrósio e Santo Agostinho.
Tal como os peregrinos precisam de estalagens para descansar durante o seu caminho, as almas necessitam também de abrigo para repousar. É esta a ideia que Santo Agostinho usa para introduzir a peça
Em seguida, de forma alternada, o Anjo e o Diabo tentam convencer a Alma qual o melhor caminho a seguir pois, estes defendem caminhos opostos. Estes diálogos são marcados pelo conceito do que é o bem e o que é o mal. As ideias de ambos contrapõem-se, levando a uma disputa entre valores como a aparência e a essência, o material e o espiritual, o terreno e o celestial, o efémero e o eterno e a perdição e a salvação. Enquanto o Anjo apoia o sacrifício, a força de vontade e a resistência aos desejos humanos, o Diabo fundamenta-se na luxúria, nos objectos profanos e na diversão.
Finalmente, o Anjo consegue encaminhar a Alma para a Santa Madre Igreja, onde se encontram os seus quatro doutores. Estes apresentam-lhe quatro iguarias, símbolos do martírio e da redenção de Cristo: os açoutes, a coroa de espinhos, os cravos e o crucifixo. A personagem mostra-se então arrependida por, num certo período da sua vida, se ter deixado seduzir pelo Diabo e por todos os bens que ele lhe oferecia.
No final da obra, não encontramos nenhuma referência em relação ao destino da Alma, sendo assim uma obra com um final aberto. Porém, é de admitir que ela tenha seguido um caminho celestial pois, a peça tem um intuito moralista.
Na época em que esta peça foi escrita, século XVI, vivia-se um clima de grande prosperidade e ostentação e a preocupação pelos bens materiais era cada vez mais evidente. Pretendendo alertar para a perda destes valores espirituais e morais, Gil Vicente escreve o Auto da Alma.

Considero uma obra intemporal, podendo associar-se à sociedade em que vivemos actualmente, que também dá muita importância às aparências e aos valores materiais.

Autobiografia Diogo Baptista

O meu nome é Diogo Baptista e nasci a 14 do mês de setembro de 1998 , no hospital de S. Francisco de Xavier em Lisboa . Vivo e sempre vivi na Ribeira da Lage , vivo com os meus pais e tenho 3 irmãs que vivem sozinhas. Do 1º ao 4º ano andei na escola Joaquim Matias . A partir do 5ºano passei a frequentar a escola conde de oeiras e quando acabei o 9º fui para a Quinta do marquês . Para além da escola tenho outra ocupação . Sou atleta no clube Nucleoeiras sportzone e treino arduamente para um dia ,no futuro, ser um grande atleta .
Gosto muito de jogar computador , ouvir música e de estar com os meus amigos .

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Auto-Biografia: Carolina Esteves

O meu nome é Carolina Esteves e estou neste mundo há 15 anos, sai da barriga da minha mãe no dia 16 de Agosto de 1998. Vivo em Polima numa vivenda com a minha família: o meu pai, a minha mãe o meu irmão 15 meses mais novo e a minha bebé que já tem seis anos.
Nem sempre morrei na casa onde estou atualmente, antes da minha irmã nascer eu vivia numa casa mais pequenina em cabeço de mouro (nome estranho) foi nessa casa que eu passei a maior parte da minha vida mas assim que a minha mãe sobe que estava grávida os meus pais decidiram que era um bom momento para mandarem construir a casa dos seus sonhos(claro tendo em conta as possibilidades que tinham).
A minha primeira escola desde que me lembro foi a nova apostólica onde aprendi a ler,a escrever,e a fazer contas. Nessa escola conheci muita gente mas para toda a vida só lá fiz uma amiga com quem me dou ainda muito bem.
Já na Conde de Oeiras e na Quinta do Marquês(a escola onde estou agora no 10º ano na área de economia) fiz muitos amigos especiais que espero nunca esquecer (nem que eles me esqueçam a mim). Andei em várrios desportos mas onde estive mais foi na patinagem quando era pequena e na natação que fazia desde dos 2 anos até ao ano passado.
Sou uma pessoa calma mas quando estou com os meus amigos posso ser por vezes bastante maluca. O meu maior medo é perder alguém de quem gosto muito(por já ter passado por essa expriencia).
Gosto de ler, de ver televisão, de estar no computador, de nadar, de cantar, de dançar e se me dão dinheiro para a mão e me dizem para fazer o que quiser podem ter a certeza que vou comprara roupa.
Gosto muito de andar de avião e de viajar, ainda não estive em muitos lugares mas quando tiver o meu dinheiro e oportunidade gostava de viajar por todo lado principalmente visitar a Austrália e visitar os Estados Unidos de uma ponta há outra.



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Bilhete de Identidade



«Escrever memórias não é uma decisão simples. Há, é verdade, o consolo de nos revermos à doce luz da infância, mas a descoberta de que o livre-arbítrio é menor do que imaginávamos é dolorosa. No dia em que, no final da adolescência, decidi, como a madame de Merteuil do romance de Laclos, que a minha vida seria «a minha própria obra», não sabia até que ponto existiam limites, físicos, psíquicos e sociais, às minhas acções, mas hoje, passados sessenta anos, reconheço que nem todos os caminhos me estavam abertos. Em nova, felizmente, não o sabia. As grandes decisões da minha vida – aquelas que, olhando para trás, reconheço como determinantes – nem sempre foram tomadas de forma consciente. Quando isto me dói, refugiu-me nas conjunturas – e muitas houve também – em que a vontade foi crucial.
Outro aspecto que me espantou foi a continuidade do ser humano ao longo do tempo. Antes deste exercício, imaginava que a minha vida havia sido dominada por rupturas tão profundas que não podiam ter deixado de alterar a minha personalidade. Mas, logo nas primeiras expressões, como a exigência de ser punida, é visível a impressão digital. Isto pareceu-me tão bizarro que tive a sensação de ter forjado o documento, em A História do Bebé, no qual se conta que, com um ano, pedia «tau-tau» à minha mãe. Mas o facto estava (está) lá.
À medida que ia escrevendo, descobri outras coisas. Sempre pensara que a emancipação feminina era uma caminhada até ao Dia Final da Igualdade entre os Sexos. Mas, nas mulheres que aqui surgem, a minha avó, a minha mãe e eu, há algo que não é linear. Seria a minha avó menos emancipada do que a minha mãe? E eu tê-lo-ei sido mais do que esta? A minha filha terá gozado de uma autonomia maior do que a minha? E as minhas netas? Mesmo sem entrar na questão do condicionalismo genético, a resposta não é fácil. Finalmente, tive de admitir ser a nossa vida feita de escolhas, de acasos e de momentos únicos. Não sei, ninguém sabe, qual a ordem de prioridades.
Num país sem tradição memorialística, como é o caso português, no qual as memórias representam sobretudo a justificação de acções pretéritas, procurei apresentar a minha vida friamente. O facto de ter tentado resgatar tudo aquilo que vivi pode criar a ilusão de objectividade, mas é evidente que cada um cria a «sua» própria história e a da «sua» família. Sempre me surpreendeu o contraste entre a imagem que os amigos me forneciam das respectivas famílias, e o que, sobre as mesmas, ao conhecê-las, constatava. Embora aquilo que escrevi esteja baseado em factos, não presumo fornecer a Verdade. O meu relato é verdadeiro, apenas no sentido em que representa a minha verdade. Outros terão olhado as pessoas, os acontecimentos e as peripécias de que aqui falo de forma diferente.
Num país conservador, católico e hipócrita, o tom do livro poderá chocar; no entanto, a minha intenção não foi essa, mas a de tentar perceber, e de dar a perceber, uma vida, uma família e um país. Depois de tudo redigido, sofri um ataque de pânico. Uma noite, na Cinemateca, encontrei um amigo – não, por uma vez, não o nomearei – a quem revelei a intenção de publicar estas memórias.. Interrogada, disse que sim, que contava revelar os nomes das pessoas com quem me tinha cruzado. Ele ficou boquiaberto, tendo-me sugerido que usasse iniciais. Quando resisti á ideia, aconselhou-me a que deixasse o manuscrito na gaveta, com a especificação de que o mesmo só deveria ser publicado depois da minha morte. Familiarizada com a cultura anglo-saxónica, onde obras deste tipo são o pão-nosso de cada dia, não entendi as reticências, mas, após uns minutos de reflexão, concluí ser evidente que nem todos os portugueses encaravam a divulgação das suas vidas com o meu à-vontade. Durante várias noites, sofri de insónias, até que, uma madrugada, acordei com a resolução tomada. A linha inicial do poema de Emily Brontë, «No coward soul is mine», a divisa da minha adolescência, tinha de continuar a dirigir as minhas acções. O que viesse a acontecer, «in the world’s storm-troubled sphere», não era comigo. O livro seria publicado como o planeara. Sem medos, nem sentimentalismos.
Por vezes, pensa-se que o género autobiográfico sempre existiu. Mas a primeira obra a, como tal, ser concebida data do século IV, tendo sido escrita por um convertido ao Cristianismo, Santo Agostinho, o qual tão obcecado andava com a salvação da sua alma que teve necessidade de registar o seu percurso. Os contemporâneos consideraram o texto mórbido, o que fez com que, durante séculos, não tivessem aparecido imitadores. Teríamos de esperar pelo século XVIII para que algo de semelhante, as Confissões de Jean-Jacques Rousseau, surgisse. Nesta obra, já não é Deus, mas o Indivíduo que ocupa o centro. Curiosamente, o termo «autobiografia» não surgiu nessa altura, mas apenas em 1809, por obra do poeta Southey. O género, que viria a ter o seu apogeu nos países anglo-saxónicos, caracterizou-se, durante décadas, pela austeridade, só tendo adquirido um tom intimista em tempos recentes.
Ao escrever este livro, procurei, acima de tudo, ser honesta. Não querendo ferir ninguém, sabia que só valeria a pena lançar-me no empreendimento desde que fosse capaz de nada esconder. Por razões óbvias, não quis que nenhuma das pessoas que haviam desempenhado um papel durante esta fase da minha vida a ele tivessem acesso, nem procurei, com elas, colmatar falhas de memória. Escrevo sobre o que ficou registado no meu espírito, sobre o que o acaso me trouxe às mãos e sobre o que, tendo sido por mim escrito, não foi parar ao caixote do lixo. Procurei fornecer as datas e os nomes com exactidão. Se, num ou noutro caso, errei, não o fiz deliberadamente.

MÓNICA, Maria Filomena, Bilhete de Identidade 

A Estátua e a Pedra



Com alguma surpresa de quem me escuta, desde há algum tempo venho a dizer que cada vez me interessa menos falar de literatura. Pode parecer isto uma provocação, a atitude do escritor que, para se tornar mais interessante, lança declarações inesperadas e gratuitas. E não é assim. A verdade é que duvido mesmo que se possa falar de literatura como duvido, com mais razões, que se possa falar de pintura ou que se possa falar de música. É claro que se pode falar de tudo, como se fala dos sentimentos e emoções, seria absurdo pretender reduzir ao silêncio aqueles que escrevem, ou aqueles que leem, ou aqueles que sentem, ou aqueles que compõem música ou que pintam ou que esculpem, como se a obra em si mesma já contivesse tudo aquilo que é possível dizer e que tudo o que vem depois não fosse mais do que interminável glosa. Não é isso. Acontece, no entanto, que por vezes experimento o desejo de limitar-me a uma muda contemplação diante de uma obra acabada, pela consciência que tenho de que, de certa maneira, nos domínios da arte e da literatura estamos lidando com aquilo a que damos o nome de inefável. E o inefável, precisamente por sê-lo, é o que não pode ser explicado ainda que tenha de se evitar a tentação de cair em ideias de caráter transcendente, onde tudo encontraria uma explicação precisamente no facto de não ter explicação nenhuma.
À primeira vista, uma atitude como esta não parece racional e, para além disso, choca frontalmente com a definição que de mim mesmo faço, uma pessoa essencialmente racionalista, isto é, alguém que tenta que seja a razão a governar a sua vida, inclusivamente num mundo que poderíamos descrever como paralelo, que é o mundo dos sentimentos que vivem ao lado da razão. Por outro caminho, Fernando Pessoa aproximou-se muito do que quero dizer naquele verso que reza: «O que em mim sente está pensando», ainda que eu proponha, e no fundo não é mais do que um jogo de palavras, como um dos muitos com que Fernando Pessoa se entretinha e nos entretém, que digamos: «O que em mim pensa está sentindo».
Há uma definição que, de certa maneira, marcou o meu percurso como escritor, sobretudo como romancista, e que, tenho de confessar, recebo com uma certa impaciência. Trata-se do rótulo gasto de que sou um romancista histórico, o que se confirmaria tanto por alguns livros que escrevi como pela minha relação com o tempo e posição perante a história. Quero dizer, não obstante, que antes de começar a escrever sustentava como uma evidência palmária (por outro lada nada original) que somos herdeiros de um tempo, de uma cultura e que, para usar um símile que algumas vezes empreguei, vejo a humanidade como se fosse o mar. Imaginemos por um momento que estamos numa praia: o mar está ali, e continuamente aproxima-se em ondas sucessivas que chegam à costa. Pois bem, essas ondas, que avançam e não poderiam mover-se sem o mar que está por detrás delas, trazem uma pequena franja de espuma que avança em direção à praia onde vão acabar. Penso, continuando a usar esta metáfora marítima, que somos nós a espuma que é transportada nessa onda, essa onda é impelida pelo mar que é o tempo, todo o tempo que ficou para trás, todo o tempo vivido que nos leva e empurra. Convertidos numa apoteose de luz e de cor entre o espaço e o mar, somos, os seres humanos, essa espuma branca brilhante, cintilante, que tem uma breve vida, que despede um breve fulgor, gerações e gerações que se vão sucedendo umas às outras transportadas pelo mar que é o tempo. E a história, onde fica? Sem dúvida a história preocupa-me, embora seja mais certo dizer que o que realmente me preocupa é o Passado, e sobretudo o destino da onda que se quebra na praia, a humanidade empurrada pelo tempo e que ao tempo sempre regressa, levando consigo, no refluxo, uma partitura, um quadro, um livro ou uma revolução. Por isso prefiro falar mais de vida do que de literatura, sem esquecer que a literatura está na vida e que sempre teremos perante nós a ambição de fazer da literatura vida.
Este encontro autor e leitor tem por título A Estátua e a Pedra, e, para cumprir o programa que me propus, não tenho outro remédio senão regressar ao problema de se sou ou não sou romancista histórico. Alexandre Herculano, o grande historiador português do século XIX, dedicou-se também a escrever romances históricos (O Monge de Cister, Eurico o Presbítero e O Bobo), romances que hoje não são fáceis de ler porque estão escritos com um estilo muito denso, lento, com demasiada frequência sobrecarregados de um retórica romântica dificilmente suportável. De toda a forma, são livros cujo conhecimento é imprescindível se nos referimos á literatura portuguesa do século XIX. No caso de Alexandre Herculano pode-se dizer que a sua obra literária foi uma consequência direta do seu trabalho de historiador. Detenhamo-nos agora num outro autor português, mais tardio, muito menos importante, produto de outra formação, para não dizer que não teve nenhuma. Falemos então deste que está aqui, sem estabelecer qualquer tipo de comparação. Tendo eu começado a minha vida literária muito cedo, uma vez que aos vinte e cinco anos publiquei um romance que se não era bom tão-pouco era mau, só vinte anos depois voltei a publicar um livro, facto que, por certo, induziu algumas pessoas de boa vontade a perguntar-se se o autor decidiu ficar calado durante anos para ganhar experiências vitais que depois podia trasladar para a literatura. Obviamente respondo que não, que ninguém tem a certeza de viver mais vinte anos. Seria absurdo dizer: «Vou agora esperar vinte anos», como se os tivéssemos garantidos, «para, depois disso, começar a escrever com mais rigor e seriedade». Não foi assim, e de resto toda a minha vida foi feita sem planos, sem projetos, sem estratégias, sem definir caminhos para chegar a determinados objetivos. Na vida, mas também na literatura.


José Saramago, A Estátua e a Pedra

De Profundis



«E agora, José?
[…] você marcha, José!
José, para onde?»

Carlos Drummond de Andrade

«Ainda hoje estou a ouvir aquele «é». Espantoso como bruscamente o meu eu se transformou ali noutro alguém, noutro personagem menos imediato e menos concreto.
Nesta introdução à perda de identidade que um transtorno do cérebro tinha acabado de desencadear, o que me parece desde logo implacável e irreversível é a precisão cm que em tão rápido espaço de tempo fui desapossado das minhas relações com o mundo e comigo próprio. Como se acabasse de dar início a um processo de despersonalização, eu tinha-me transferido para um sujeito na terceira pessoa (Ele, ou o meu nome, é) que ainda por cima se tornava mais alheio e mais abstracto pela imprecisão parece que. Além disso, a circunstância de ter respondido á Edite com o apelido e não com o meu primeiro nome, o mai cúmplice entre marido e mulher e o único que nos era natural, é outro indício do distanciamento provocado pelo golpe de azar que me destituíra de memória e de passado.
Ele, o Outro. O outro de mim. Em menos de nada, já a Edite falava ao telefone com os médicos sobre esse alguém impessoal que eu estava a começar a ser. Ouvia-a do meio do hall em grande serenidade. Sabia, tenho essa ideia, que alguma coisa se estava a passar comigo, uma coisa oculta, activa, mas nessa altura já principiava a ouvir e a sentir só de passagem, sem registar. (Mesmo assim tinha algum conhecimento da ansiedade que me rodeava; Isto não vai ser nada, creio ter dito à Sylvie quando a descobri no corredor, atenta aos telefonemas da Edite.)
Lembro-me de que essa manhã foi invadida por um aguaceiro desalmado, ouvia-se chuva grossa e pesada lá fora mas deve ter sido passageira porque quando acabou a Edite ainda estava ao telefone. A partir de então tudo o que sei é que me pus ao espelho da casa de banho a barbear-me com a passividade de quem está a barbear um ausente – e foi ali.
Sim, foi ali. Tanto quanto é possível localizar-se uma fracção mais que secreta de vida, foi naquele lugar e naquele instante que eu, frente a frente com a minha imagem no espelho mas já desligado dela, me transferi para um Outro sem nome e sem memória e por consequência incapaz de menor relação passado-presente, de imagem-objecto, do eu com outro alguém ou do real com a visão que o abstracto contém. Ele. O mesmo que a mulher (Edite, chama-se ela mas nada garante que esse homem ainda lhe conheça o nome, que não a considere apenas um facto, uma presença) exacto, esse mesmo Ele, o tal que a Edite irá encontrar, não tarda muito, a pentear-se com uma escova de dentes antes de partirem de urgência para o Hospital de Santa maria e o mesmo que, dias depois, uma enfermeira surpreenderá em igual operação ao espelho do lavatório do quarto.»


José Cardoso Pires, De Profundis, Valsa Lenta

Caminhada



Quero dizer algumas palavras em nome da Natureza, da liberdade absoluta e do estado selvagem, por contraste com a liberdade e a cultura meramente civilizadas, com o intuito de ver no homem um habitante, uma parte ou uma parcela da Natureza, e não um mero membro da sociedade. Pretendo fazer declarações muito duras, senão mesmo categóricas, pois há já muitos paladinos da civilização: os padres, as congregações escolares e todos vós se encarregarão dessa tarefa.
Encontrei na vida somente uma ou duas pessoas que entendiam a arte de caminhar, ou seja, a arte de dar caminhadas, e que tinham um talento especial para vaguear. Na nossa língua, o termo saunterer, sinónimo de «caminhante», tem uma raiz admirável: remete para «as pessoas livres que vagueavam pelo país, na Idade Média, e que pediam esmolas para ir à la Sainte Terre», à Terra Santa. Não tardou que as crianças exclamassem: «Lá vai um sainte-terrer!», um vagabundo sem eira nem beira, rumo à Terra Santa, Aqueles que nas suas caminhadas nunca alcançam a Terra Santa, embora firmem o contrário, não passam de meros vagabundos e de gente ociosa; mas os que lá vão são saunterers no bom sentido do termo, tal como o entendo. Alguns, contudo, atribuem a origem da palavra à expressão francesa sans terre, sem terra nem lar, que, portanto, em boa verdade, quer dizer gente sem casa a que chamar sua, mas que se sente em casa em todo o lado. Pois é este o segredo da errância bem-sucedida. Um homem que não sai de casa todo o dia pode ser o mais errante de todos, e um sem-terra pode não ser mais errante do que o sinuoso rio que procura persistentemente o caminho mais curto para o mar. Mas eu prefiro a primeira suposição, que me parece a origem mais provável do termo. Pois todas as caminhadas se assemelham a cruzadas pregadas por um tal Pedro, o Eremita, que há em nós, para que partamos e regatemos esta Santa Terra das mãos dos Infiéis.
É verdade que hoje em dia somos apenas fracos cruzados, e que a esta fraqueza nem os passeantes escapam, pois não se comprometem com proezas intermináveis e que exigem perseverança. As nossas expedições não passam de breves viagens que terminam ao fim da tarde junto à lareira que nos viu partir. Metade da caminhada não passa de um refazer do percurso. Até na caminhada mais curta devíamos partir talvez movidos pelo espírito da eterna aventura, sem retorno á vista, preparados para enviar para os nossos reinos desolados somente os nossos corações embalsamados, quais relíquias. Se estais dispostos a abandonar pais e mães, irmãos e irmãs, mulheres, filhos e amigos, e a não tornar a vê-los; se haveis saldado as vossas dívidas, feito o vosso testamento e resolvido todos os vossos assuntos, e se sois homens livres, estais então preparados para uma caminhada.

Henry David Thoreau, Caminhada

29. A Unidade do Meu Ser



Mas «porque a Vossa misericórdia é superior às vidas» confesso-Vos que a minha vida é distensão. «A Vossa dextra recolheu-me» por meio do meu Senhor, Filho do Homem e Mediador entre Vós que sois uno e nós que além de sermos muitos em número, vivemos apegados e divididos por muitas coisas. Assim me unirei por Ele a Vós a quem, por seu intermédio, fui ligado. Desprendendo-me dos dias em que dominou em mim a «concupiscência» alcançarei a unidade do meu ser, seguindo a Deus Uno. Esquecerei as coisas passadas. Preocupar-me-ei sem distracção alguma, não com as coisas futuras e transitórias, mas com aquelas que existem no presente. «Com fervor de espírito, dirijo-me para a palma da celestial vocação, onde ouvirei o cântico dos Vossos louvores e contemplarei a vossa alegria» que não conhece futuro nem passado.
Agora, porém, «os meus anos decorrem entre gemidos». Vós Senhor, consolação minha, sois eternamente meu Pai. Mas eu dispersei-me no tempo cuja ordem ignoro. Os meus pensamentos, as entranhas íntimas da minha alma, são dilacerados por tumultuosas vicissitudes até ao momento em que eu, limpo e purificado pelo fogo do vosso amor, me una a Vós.»


Santos Agostinho, Confissões, XI, 29

Primeiro Passeio



Eis-me sozinho na terra, sem irmão, parente próximo, amigo, ou companhia a não ser eu próprio. O mais sociável e o mais afectuoso dos homens foi proscrito da sociedade por um acordo unânime. No requinte do seu ódio, procuraram o tormento que fosse mais cruel para a minha alma sensível e quebraram violentamente todos os laços que a eles me ligavam. Eu teria amado os homens apesar do que são. Ao deixarem de o ser mais não fizeram do que furtar-se ao meu afecto. Ei-los, portanto, estrangeiros, desconhecidos, em suma, inexistentes para mim, já que assim o quiseram. Mas eu, desligado deles e de tudo, o que sou afinal? É o que me falta descobrir. Infelizmente, antes dessa descoberta, tenho de analisar a minha situação. É uma ideia pela qual tenho forçosamente de passar para, partindo deles, chegar a mim.
Há quinze anos ou mais que me encontro nesta estranha situação, e ainda me parece um sonho. Continuo a pensar que uma indigestão me atormenta, que tenho sonhos maus durante o sono e que vou acordar aliviado do meu sofrimento, entre os meus amigos. Sim, sem dar por isso, devo ter passado da vigília para o sono, ou antes, da vida para a morte. Afastado, não sei como, da ordem das coisas, vi-me precipitado num caos incompreensível em que não distingo nada; e quanto mais penso na minha situação presente, menos posso compreender onde me encontro. (…)


Jean-Jacques Rousseau, Os Devaneios do caminhante Solitário

Prosa 1



Enquanto eu reflectia silenciosamente sobre estas coisas para comigo e escrevia cim um estilete o meu lacrimoso queixume, vi aparecer junto de mim, por sobre a minha cabeça, uma mulher de rosto venerando, olhos cintilantes e perspicazes mais do que a normal capacidade humana, de cor vívida e de um vigor inexaurível, embora fosse tão carregada de anos que de modo algum se pensaria que fosse da nossa geração, com uma estatura difícil de definir. Na verdade, ora se reduzia ao tamanho normal dos homens, ora parecia tocar o céu com o cimo da cabeça. E, quando erguia a cabeça mais alto, penetrava no próprio céu e escondia-se da vista dos homens que a contemplavam.
As suas vestes eram tecidas com requintado lavor, com finíssimos fios e com um material indissolúvel, que, como depois percebi quando ela avançou, ela própria tecera por suas mãos. A beleza destas vestes tinha sido coberta por uma patine de vetustez negligenciada, como costuma acontecer com as imagens fumosas. Na sua fímbria interior lia-se um ∏ grego, na superior lia-se um Θ bordado, e entre as duas letras, à maneira de uma escada, viam-se marcados alguns degraus, para se subir por eles da letra inferior para a superior. Porém as mãos de homens violentos tinham rasgado esta mesma veste e arrebatado os pedaços que cada um conseguira arrancar, Na sua mão direita estavam os seus livros, na esquerda tinha um ceptro.
Quando viu as Musas da poesia em volta do meu leito e a ditar-me as palavras para os meus lamentos, perturbando-se um pouco, enfurecida e com olhar ameaçador, disse:
Quem permitiu a estas galderiazecas de teatro aproximarem-se deste infeliz, não para aliviarem com remédios as suas maleitas mas antes para ainda mais as alimentarem com doces venenos? São estas, com efeito, que com os estéreis espinhos das emoções matam a sementeira da razão, abundante em frutos, e a costumam as mentes dos homens à doença, em vez de as libertarem dela. E se as vossas carícias arrastassem algum inculto, como costumais fazer, as mais das vezes, eu acharia que seria algo menos difícil de tolerar, pois ao fazê-lo em nada prejudicaríeis as minhas obras, mas logo a este, educado nos estudos eleáticos e académicos!? Fora mas é daqui, Sereias tão doces que provocais a morte, deixai-o para que com as minhas Musas eu o cure e salve!
Aquele coro, invectivado por estas palavras, pôs os olhos no chão, entristecido, e, manifestando a sua vergonha pelo rubor das faces, saiu triste do aposento. Eu, pelo meu lado, que devido às lágrimas tinha o olhar turvo e não conseguia descortinar quem seria aquela mulher com tão imperativa autoridade, fiquei embasbacado, de olhos pregados no chão e silenciosamente fiquei na expectativa do que iria ela fazer a seguir. Então ela, chegando-se mais perto, sentou-se na beira do meu catre e, vendo o meu rosto pesaroso de desgosto e fixo em terra devido à tristeza, pranteou a perturbação da nossa mente com […] versos.


Boécio, A Consolação da Filosofia 

domingo, 3 de novembro de 2013

Autobiografia

A minha história começou a 13 de Junho de 1998, no Hospital São Francisco Xavier.
Sou filha única, mas passo muito tempo com os meus primos e passam como irmãos.
Quando eu nasci os meus compraram um carro com o objetivo de um dia ficar para mim e que é um objeto com um grande valor sentimental para mim.
Nasci quando a minha mãe tinha apenas 17 anos. Vivemos, com o meu pai, em Paço de Arcos até ao meu 1 ano, quando nos mudámos para São Marcos.
Em São Marcos criei o meu lar com a minha família e lá que se presenciaram grandes momentos da minha vida.
Entrei o externato "O Cavalinho", onde estive no Coro Infantil de Carcavelos até aos 7 anos. Lá criei grandes amizades e uma grande família. Foi lá que me ensinaram parte do que eu sei e muitas lições de vida.
Quando fui para o 5ºano mudei para a Conde de Oeiras. Mudei, também, de casa o que na altura foi uma experiência horrível mas agora sinto que esta é a minha verdadeira casa, como se sempre tivesse vivido aqui.
Com 12 anos, entrei para a Patinagem Artística no Clube Futebol de Sassoeiros onde me ensinaram as bases para o futuro. Mais tarde, passei para o Parede Futebol Clube, onde estou atualmente.
Voltei a mudar de escola no 7ºano e fui para a Quinta do Marquês, onde estou agora na área de Economia, para tirar gestão.
Quando me perguntam quem sou, não tenho resposta definitiva mas talvez mais tarde vos possa dizer quem realmente sou.
A minha história ainda está longe de terminar e como tal não sei como será o final.



Auto-biografia Lourenço Pereira

Nasci a 24 de Agosto de 1998, na MAC(Maternidade Afredo da Costa).Vivi em casa da minha avó até aos 3 anos com a minha mãe, a minha tia e a minha avó. Mudei-me para Lisboa aos 4 e iniciei uma nova vida com a minha mãe e o meu padrasto(que na verdade considero como meu pai).Frequentei uma escola com um nome bastante extenso do qual só me lembro aquilo a que na altura lhe chamava, Escola Selecta. Andei lá até ao 4º ano ,sítio onde fiz bons amigos e onde aprendi a ler e a escrever, mas a parte mais importante da minha e aquele de que tenho vontade de chorar de cada vez que uma vaga memória dela me ocorre foi, não a escola, mas sim a instituição a que tenho imenso orgulho de chamar "Casa", o Colégio Militar. Foi lá que aprendi as regras mais importantes da vida, as regras que transporto e sempre transportarei comigo.E ao contrário da Escola Selecta onde fiz bons amigos, no Colégio fiz pouquíssimos amigos, no entanto encontrei imensos irmãos, descobri que o nosso coração é tão grande quanto nós quisermos que ele seja, e a família não tem ,necessariamente de ter o nosso sangue, na verdade esses irmãos  de que falo, foram imensamente mais importantes para mim nos 5 anos que que vivi com eles.Muitos pensam ser quase como que uma tortura, mas para quem lá está é não só um privilégio como também uma casa que nos recusamos a abandonar.

Um novo capítulo da minha vida começa...
Saí do Colégio, ainda não estou completamente certo da minha decisão ter sido a mais correcta mas agora já está tomada tenho de viver e aprender com ela.Fui bastante bem acolhido na Escola Secundária Quinta do Marquês, sinto-me bem.Receoso, no entanto, de ter havido uma mudança tão drástica que a me fará um pouco mal, mas hei-de lidar com isso...

Texto autobiográfico


Autobiografia:

Chamo-me Manuel Poças e nasci a 2 de março de 1998 na Cruz Vermelha em Lisboa.
Comecei por viver em Lisboa, perto do castelo, os meus pais, ambos com 28 anos na altura proporcionaram-me um bom começo de vida, aos 2 anos mudei-me para Nova Oeiras, onde moravam os meus avos maternos, os quais, tal como toda a minha familia, contriubuiram bastante para que me tornasse a pessoa que sou hoje.
Desde então vivo na Alameda Conde de Oeiras, onde sempre tive uma vida estavel. Andei num extrenato ate ao 4º ano, mesmo ao lado de casa, os anos que passei nessa escolar fizeram-me construir uma base sólida para o resto da minha vida, prepararam-me como deve ser para o 2º ciclo e por aí em diante.
Comecei pequeno a viajar, ganhei esse gosto e desde então já visitei muitos sitios, enriquecendo cada vez mais culturalmente, mas não é só viajar que me enriquece dessa maneira, sempre fui incentivado a ler boas obras, a querer conhecer mais, sempre me incentivaram a querer ser cada vez melhor, o que fez com que ganhasse confiança e aspirações elevadas para o meu futuro!
Ate agora posso dizer que vivi pouco, apenas um terço e meio da esperança média de vida, e que nao tenho muita experiência de vida, mas considerando a pouca experiência que tenho reconheco e que me vai ser util, reconheço que até agora retirei o maximo possivel das situaçoes, tentei aprender tudo o que deu para aprender. Ao longo da vida fui adquirindo gostos diferentes, a minha comida favorite passou de salsichas a pizza, o estilo de musica que gosto passou de rap a jazz…, isto so mostra que ao longo dos anos os nossos gostos vao mudando de acordo com o que experienciamos, vemos e vivemos! Mas espero que alguns gostos nunca mudem, como o gosto de conhecer, de descobrir e de viajar, por exemplo, esses gostos e a minha familia sao os pilares da minha pessoa e da maneira como vejo o mundo!
Considero-me uma pessoa muito ambiciosa e com bastantes planos para o futuro, e quando falo em aspiraçoes elevadas falo na pessoa que quero ser, nas minhas ambiçoes, ambiçoes essas como vive numa grande cidade, gerir uma grande empresa, construer uma familia e proporcionar aos meus filhos aquilo que os meus pais me proporcionaram. Comecei em pequeno a querer viver numa cidade como Nova Iorque, e o facto de ja la ter ido entratanto so contruiu para que esse desejo aumentar, tenho trabalhado para isso, durante estes anos tive boas prestaçoes escolares, o que deixou os meus pais orgulhosos e me tem vindo a dar uma base para uma boa vida futura.
Ainda tenho muito para viver e espero que esses anos sejam tao bons ou melhores do que os que ja vivi e que as minhas experiencias e conhecimentos me ajudem a completar os meus objectivos.

Manuel Poças 
Na autobiografia, o que é suposto escrever sobre mim? As minha tristezas? Não, isso seria mais uma tragédia. Mas se apenas escrevesse sobre os momentos divertidos seria uma comédia, e não posso dizer que seja uma palavra que descreva muito bem aquilo que já vivi (não na sua totalidade).
Foi na noite de 14 de Janeiro de 1998 ás 23:53, no hospital Garcia de Orta que começou a minha história.
Digamos que tive uma boa infância, tive o privilégio de crescer rodeada de uma grande família onde pude aprender com a experiência dos mais velhos e com os mais novos criar memórias que vamos puder recordar.
Quando chegou a altura de começar a minha jornada escolar, tive a minha madrinha como educadora. Sempre fui uma criança muito alegre e brincalhona. Foi a partir de muitas coisas que a minha madrinha fazia e faz que cresci e me guiei, sempre vi nela uma grande exemplo e uma modelo a seguir.
Depois da minha entrada no primeiro ciclo, a minha vida tornou-se uma rotina constante. Podia-se até comparar á vida de uma insignificante formiga, sempre a cumprir os seus deveres dia após dia não que isso seja uma coisa má, antes pelo contrário.
Uma grande parte da minha vida gira em torno da igreja e da ordem de St.Agostinho, todos os Domingos desde que entrei na catequese (1ºvolume) assumi um compromisso que cumpro até aos dias de hoje.
No início do ano letivo 2010/11 (quando frequentava o 7ºano de escolaridade) iniciei um capítulo da minha vida bastante importante, comecei a praticar a modalidade de voleibol no C.N.G.
Saltamos agora para 8ºano que conclui na Associação escola 31 de Janeiro, o ultimo de 9 anos, aquela a que eu chamo a minha segunda casa.
Posso dizer que na 31 de Janeiro nunca revelei o meu verdadeiro eu, por diversos motivos.
 A única altura do ano onde eu me entrego a 100% e sou totalmente transparente ao que está ao meu redor, é o acampamento Tagaste. O sitio que me fez crescer, onde não tenho medo de mostrar quem sou, e enquanto estou lá parece que os problemas não existem.
Desde o ano passado que frequento a Escola Secundária Quinta do Marquês, esta não foi uma mudança que veio só, não só mudei de escola como mudei de clube (para o C.V.O) com a esperança de começar tudo do zero. Juntei o útil ao agradável sem dar por isso.
Apesar de ser uma adolescente de 15 anos, e ter escrito o que me pareceu algo interminável, posso concluir que ainda não sei responder á pergunta “quem sou?”, porque mesmo que escreva muito sobre mim a resposta vai estar sempre incompleta, porque todos os dias descubro algo novo que posso acrescentar.

Quando poderei realmente dizer quem sou? Quando é que as pessoas vão puder finalmente saber quem é a Sandra Bentes?

Autobiografia

Sou a Mafalda Pereira, nasci em Lisboa, na Maternidade Alfredo da Costa, no dia 19 de Março

de 1998.

Tenho 15 anos, vivo com os meus pais (Artur e Fernanda), com o meu irmão (Rodrigo) que tem

10 anos e que frequenta o 5º ano na Escola Conde de Oeiras e com o meu gato (Riscas).

Vivi em Loures até aos meus 6 anos, depois mudei-me para Cascais (São Domingos de Rana)

onde resido até ao momento.

Eu e o meu irmão jogamos volley no Clube de Voleibol de Oeiras (CVO). Eu sou Cadete e ele é

Mini B.

Adoro viajar, ouvir música, dançar, tomar conta de crianças, estar com os meus amigos e

ver televisão. Sou muito brincalhona, não consigo falar a sério sem me rir.

Autobiografia

Chamo-me Inês Coutinho, tenho 15 anos e nasci em Londres a 24 de Setembro de 1998. Vivo em Bicesse com a minha mãe, o meu padrasto e a minha irmã mais nova.
Quando tinha 3 anos vim para Portugal, fui morar para Oeiras até aos meus 6 anos e depois fui viver em Edimburgo.
Durante os três anos em que morei em Edimburgo aprendi a ler, a escrever e a fazer contas.
Quando voltei para Portugal tinha 9 anos e mal sabia falar português. Só entendia o que as pessoas diziam e só sabia responder “sim”, “não” e “obrigada”. Vivi durante 3 anos em Lisboa, fui para a Escola Primaria Leão de Arroios e passei lá o meu quarto ano a aprender a ler e a escrever em português. Quando fui para o quinto ano fui para a Escola Básica Luís de Camões no Areeiro e fiquem lá até ao sétimo ano.
No oitavo ano mudei para a escola Quinta do Marquês, e lá continuo.
Gosto de viajar, ler, ouvir música e estar no computador. Não gosto muito de desportos. Já experimentei vários mas nunca fiquei a fazer algum por muito tempo.

Sou muita tímida para com as pessoas que não conheço, mas com as pessoas que eu conheço há algum tempo sou mais extrovertida.

Autobiografia

Eu sou a Rafaela Morais, tenho 15 anos, e nasci a 25 de Fevereiro de 1998, em São Francisco Xavier. Vivo com os meus pais em Rana, onde sempre morei, e tenho uma irmã de 21 anos a viver na Irlanda.

Andei na escola primária de São Domingos de Rana, na Escola de St. António e na Escola Fernando Lopes Graça, ambas na parede, e agora ando na Quinta do Marquês, no curso de Economia. Desde os 6 anos que também frequento a Escola de Dança Ana Mangericão.

Adoro dançar, ouvir música, estar no computador, ir à praia e sou viciada em compras. Gosto imenso de viajar, mas ainda não tive oportunidade de visitar muitos sítios novos. Costumo apenas ir várias vezes a Viseu e Coimbra porque tenho lá família.

Sou um pouco tímida quando conheço as pessoas, mas quem me conhece bem sabe que normalmente estou sempre bem disposta e falo a toda a hora, apesar de ter um feitio terrível. Ao mudar várias vezes de turmas, fui mudando também a minha maneira de ser, ajustando-me até ao que sou hoje.

Texto Autobiográfico

 Em meados do século XX, muitos portugueses procuravam melhores condições de vida em outros lugares, nomeadamente em África. A vida estava difícil em portugal, levando assim os meus avós (maternos e paternos) à emigração. Seguindo uma sequência lógica, ambos os meu pais nasceram em Angola, mais precisamente em Luanda. Descrevem aquela terra como um lugar maravilhoso, entre o tropical e o exótico, onde se vivia em liberdade e em contacto permanente com a natureza. Ambos admitem, com grande tristeza, que aquela terra já não existe, alterando-se drasticamente após a guerra colonial. Ironia das ironias é o facto de se virem a conhecer a milhares de quilómetros da capital angolana, em Lisboa e de  descobrirem  que as suas famílias já se conheciam anteriormente.
 Dia 1 de Fevereiro de 1998, São Domingos de Benfica (hospital da cruz vermelha) assiste ao meu nascimento, 90 anos após o regicídio de D.Carlos (1 de Fevereiro de 1908). Filho do meio até aos presentes dias, caracterizo-me como puramente português, apesar de os meus pais nascerem em África e a minha avó paterna ser Francesa. Daqui surge um dos meus nomes, o Varaine, sendo que outra das grandes ironias da minha vida é nunca ter optado por aprender Francês, mas sim Espanhol. Mas antes de tudo isto, 
começo a minha vida escolar aos 3 anos, no Colégio Marista de Carcavelos, embora tenha sempre vivido em Oeiras (Paço D´arcos e Barcarena). É em Carcavelos que eu cresço como pessoa, onde aprendo a ler e escrever, onde realmente me sinto em casa. Passei naquele colégio doze anos, para quem tem quinze corresponde a uma vida inteira. Em 2013, mudei de escola pela primeira vez. Pela frente tinha a Escola Secundária Quinta do Marquês, uma escola que já ouvira falar anteriormente mas não sabia como realmente era. Vinha determinado a decidir o meu futuro, pois sabia que a partir daquele momento tudo já era a "doer", uma vez que qualquer coisa podia decidir a minha vida futura. Foi assustador ter pela frente um sítio completamente desconhecido, adicionado pela má imagem que as pessoas que frequentam os Colégios dão às escolas públicas. Cedo me habituei e percebi que aquela realidade não era muito diferente de um colégio, apenas na questão da nossa autonomia, onde os mais inteligentes optam por estudar e tentar ter um futuro brilhante e os outros optam por "baldar-se" e ter um futuro mais difícil, constituindo a nossa futura população desempregada. O único problema é que os "outros" tendem a pressionar os mais determinados a não trabalhar, pensando que mais tarde vão conseguir dar a volta e enriquecer, talvez casando com alguém rico ou ganhado o euromilhões. Posto isto, estou determinado a trabalhar e a ignorar algumas influências, porque assim sei que poderei chegar onde ambiciono e não ficando mais tarde a questionar-me em o porquê de não ter estudado.

Autobiografia-Henrique Santos


Chamo-me Henrique Santos, nasci em Lisboa, no Hospital S. Francisco Xavier e fiz 15 anos no dia 18 de Maio. Atualmente, vivo em  Oeiras com os meus pais e sou o mais velho de quatro irmãos, os gémeos Pedro e Tomás, e a minha irmã Catarina. Frequentei o primeiro ciclo na escola de Sassoeiros e o segundo e terceiro ciclos na Escola Conde de Oeiras. Este ano estou na Escola Secundária Quinta do Marquês, no 10º ano, em ciências socio-económicas.
Como gosto muito de viajar já fui a Madrid, Sevilha, Badajoz, Gibraltar, Paris, Bruxelas e Amesterdão. Gostei, sobretudo, da Isla Mágica, da Eurodisney, e dos museus do Louvre e do Prado. Das cidades que conheci até agora a minha preferida é Paris. Em Portugal, gosto principalmente do Algarve, onde costumo fazer as minhas férias, mas também gostei muito de visitar o Porto.
Vou com alguma frequência visitar museus e já conheço os museus dos coches, do oriente, de macau, da marinha, da eletricidade, dos brinquedos, dos combatentes e da carris. Como pretendo seguir a gestão hoteleira também presto grande atenção aos hoteis onde costumo ficar.
O meu desporto favorito é o futebol, sou um adepto do Sporting, e tambem gosto de cinema, televisão, de ouvir música, de jogos de computador e playstation, e de estar com a minha família e com os meus amigos.
Sou o Francisco freire e nasci no dia 26 de Março de 1998 no hospital Santa Maria em Lisboa.
Os meus pais chamam se Ana e Fábio e sou o mais novo de 3 irmãos.
Vivi em Paço de Arco ate aos 3 anos, mudei-me para Oeiras em 2001 onde resido ate ao momento.
Pratiquei ténis e xadrez durante 8 anos e Krav Maga 1 ano, actualmente ando no ginásio.
Sou do Sporting desde que me lembre e sócio desde o meu primeiro dia de vida.
Gosto de viajar, ouvir musica, estar com os meus amigos, jogar playstation, dançar e de ir apoiar o meu clube no estádio.
Andei no infantário Nossa Senhora de Fátima, na escola primaria Sá de Miranda, na escola Conde Oeiras e actualmente frequento o 10º ano da escola quinta do marques.

Vivo com a minha mãe e com os meus irmãos.

Auto Biografia

Sou o Pedro Fernandes, tenho 15 anos e nasci a 16 de Outubro de 1998, no hospital São Francisco Xavier. Tenho um irmão de 10 anos. Tenho o cabelo castanho, olhos castanhos claros e sou alto.
 Andei na Escola António Rebelo de Andrade do primeiro ao quarto ano, depois fui para a Conde de Oeiras entre o quinto e sexto ano, e finalmente entrei na Escola Secundária Quinta do Marquês onde estou agora no curso de economia.
 Adoro desporto, principalmente futebol, sou um grande adepto do SL Benfica e pratico futebol na AD Oeiras. Comecei por jogar futsal aos 8 anos nos Leões de Porto Salvo, onde fui campeão distrital de Lisboa na época 2006/2007. Depois aos 11 anos decidi começar a jogar futebol no GSMD Talaíde e no ano passado fui jogar para a  AD Oeiras.